Poesia do Olhar e Galeria Zona Cinco realizam encontro com fotógrafo Ruy Barros
O fotógrafo maranhense Ruy Barros é o convidado especial do próximo encontro do fotoclube Poesia do Olhar a ser realizado em parceria com a Galeria Zona Cinco.
O encontro, voltado para os membros do fotoclube, acontece na terça-feira, 25, às 19h, na sede da própria Galeria Zona Cinco, que fica localizada na Rua do Alecrim, 58, Centro, em São Luís, onde os participantes vão poder conferir também a exposição de fotos documentais promovidas pela agência de imagens “Arcapress”.
No evento, Ruy Barros, que atualmente reside no Rio de Janeiro, falará sobre seus quase dois anos de dedicação à fotografia, em especial sua experiência com o fotojornalismo e com fotos de paisagem, principalmente quando fez parte da equipe de fotógrafos da Caravana Time Lapse.
Atuando como fotojornalista, Ruy Barros viveu um dos momentos mais marcantes de sua recente carreira: a de ter sido preso durante uma cobertura fotográfica para uma reportagem da Holanda sobre as manifestações e o confronto entre black blocs e policiais no Rio de Janeiro.
O caso é relembrando pelo fotógrafo como um dos mais turbulentos de sua vida. “Em certos momentos eu não acreditava no que estava passando. O que me manteve com a cabeça no lugar foi o fato de saber que nada tinha cometido e que estava sendo injustamente incriminado”, afirma.
Com o fato, ocorrido em outubro do ano passado, Ruy Barros diz ter ficado mais cauteloso nesse tipo de cobertura, mas não ao ponto de desistir de seu trabalho. “Sei dos perigos de cobrir as manifestações, principalmente quando há confrontos. Mas faz parte do meu trabalho como fotojornalista e encaro sempre como uma grande experiência profissional”, ressalta.
Apesar deste episódio, Ruy Barros também obteve em 2013 um registro de uma foto na praia de Ipanema, que lhe rendeu um prêmio como uma das melhores fotografias do ano enviadas pelos leitores e selecionada pela Revista National Geographic Brasil.
Imagens da cidade, como a que fez conquistar o prêmio, e cenas do cotidiano em geral, como as diferenças sociais e culturais, são as que mais atraem este fotógrafo. “Uma ótima foto, além de um bom enquadramento, precisar ter luz e alma”, define.